Na última sexta-feira, o portal Exame.com noticiou que em aula inaugural aos Alunos do Curso de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o atual Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, sinalizou o interesse do Governo em alterar os critérios para autorização de funcionamento de Instituições Financeiras no Brasil.
Segundo o portal, “o presidente do BC afirmou que há a intenção de mudar algumas regras, como a exigência de autorização presidencial, por meio de decreto, para um banco do exterior atuar no Brasil”.
Embora ainda não tenha sido apresentado nenhum projeto legislativo oficial nesse sentido, a sinalização do nosso Governo (em facilitar e entrada de investidores estrangeiros) parece bastante pertinente, especialmente no momento em que a economia brasileira apresenta seus primeiros sinais de recuperação após mais de dois anos de recessão, período em que assistimos a saída de grandes personagens do mercado financeiro internacional, a exemplo do HSBC.
Por outro lado, além de atrair novos investimentos, a facilitação na entrada de novas instituições estrangeiras no Brasil pode acirrar a concorrência e, com isso, trazer grandes benefícios aos tomadores finais.
Segue matéria veiculada na Exame.com:
"Qualquer banco estrangeiro é bem-vindo no Brasil, afirmou na última sexta-feira, 24, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn.
Em aula inaugural do curso de graduação em economia da Escola Brasileira de Economia e Finanças (EPGE) da Fundação Getulio Vargas (FGV), o presidente do BC foi questionado sobre a importância de haver uma reforma bancária para atrair instituições financeiras para o País.
Para Goldfajn, a saída de bancos estrangeiros do mercado nacional nos últimos anos tem mais a ver com estratégias globais dessas instituições.
Ainda assim, o presidente do BC afirmou que há a intenção de mudar algumas regras, como a exigência de autorização presidencial, por meio de decreto, para um banco do exterior atuar no Brasil.
“Temos uma regulamentação que pede um decreto presidencial autorizando a entrada, mas pretendemos mudar para tornar a entrada mais rápida”, disse Goldfajn, minimizando, em seguida, esse entrave.
Para ele, a redução no risco macroeconômico do País é mais relevante para atrair investimentos estrangeiros.
Em outra parte da aula, ao tratar dos fatores que elevam o juro bancário ao tomador final, Goldfajn mencionou a importância de melhorar o sistema para perdas de crédito.
“Temos problema de informação, de recuperação de crédito, de garantias”, listou o presidente do BC."
Fonte: Exame.com